Hoje, fui assistir a um vídeo do Padre Fábio de Melo cantando a música: “Apenas mais uma de amor(Lulu Santos)”, e me lembrei do dia em que ele disse que havia ouvido essa música várias vezes, mas somente depois que ele perdeu um grande amigo, Robinho, ele foi homenageado com ela, e a ouviu de um modo totalmente diferente, como ele nunca havia ouvido. E eu, ouvindo ela, lembrando-me do contexto que ela significa pra ele, senti um medo sabe, de perder vocês que, depois de minha família, são o meu bem mais precioso, o que eu tenho mais medo de perder. Não quero correr o risco de perder vocês sem que saibam a importância que têm pra mim. Os pelicanos... Unidos... Em um só espírito. Aprendi que devemos viver cada momento como se fosse o último, quem sabe assim ele se eternize dentro de nós. Esse momento, eu vivo como um último. O acampamento de 2010 eternizou-se dentro de mim de forma que, cada vez que assisto o DVD, quero voltar ao tempo, vocês, se passarem, vão estar eternizados aqui da mesma maneira. É uma cicatriz impossível de desaparecer, é uma dor maravilhosa que eu tenho a oportunidade de sentir... Saudade de vocês. E que me levem tudo, meus apegos, meus bens materiais, meus prazeres, mais vocês não, porque se alguém de vocês partir, o meu mundo ficaria menor, tenho certeza que por um momento eu vou perder o chão, algumas coisas deixarão de fazer sentido, algumas músicas eu não vou poder mais cantar,  afinal pra quem eu vou fazer serenatas sem que a pessoa esteja em casa? Quem eu vou procurar pra contar minhas podridões? Minhas alegrias? Com quem vou chorar, sorrir? Pra quem vou dirigir minha mensagens produzidas com tanto carinho e dedicação? Pra quem eu farei posts de declarações em blogs? Um tesouro a gente pode ter a sorte de encontrar de vez em quando, mas quatro??? É demais, nunca mais encontrarei.  Com vocês aprendi a ter o dom de eternizar. Cada momento, cada choro, cada risada, cada piadinha boba, cada vídeo (citação daquele da Karla e Letícia, link: http://www.youtube.com/watch?v=QXZWqZVgbz8&feature=player_embedded). Cada um tem um significado diferente, que eu nunca os disse mas hoje digo... Felipe, você brother, é meu braço direito, a pessoa que me ajuda a viver a santidade. Aquelas nossas rápidas partilhas, “ah Maurício é difícil demais...”, meu irmão nem me conte o quanto é difícil. Sinto que essa luta, especialmente eu e você, já que somos homens, nós lutamos juntos. Tem umas coisas que se falarmos pras duas, vamos levar bronca, rsrs. É com você que eu posso contar minhas tentativas de aprontar, (pq a Karla briga).  Você não sabe quantas vezes eu já quis partilhar com você a minha fraqueza momentânea, mas faltou coragem. Mas só de você me dizer as suas, as minhas saram, Deus age na nossa partilha. Letícia... minha querida existe uma frase que me lembra você: “E esse teu olhar me diz tantas coisas, tantas coisas loucas que a minha alma não me deixa mentir, esse teu olhar é tudo pra mim, esse teu olhar, numa boa... é um tú, dentro de mim.”[Esqueci o autor]. Parece de gente apaixonada né? Rsrs, É muito mais que isso, é amor que se eternizou aqui dentro, e esse seu olhar Lêh, como eu te disse na capela, nunca deixa de refletir quem você verdadeiramente é. Esse olhar é a luz que Deus acendeu, e em você Lêh eu descobri... descobri que nem o tempo, nem as dificuldades, nem mesmo nossos pecados, nossas recaídas, são capazes de apagar esse amor. De nós, você é a que mais me lembra quem eu sou, fruto do grupo de oração, Grupo Amar, filho do céu. Você não tem a mesma oportunidade do que eu, de estar sempre indo à missa, (fui hoje, pensa!) nos grupos de oração, acampamentos, e mesmo assim Deus está aí, tomando conta desse coração, unido em outros três. A distância é pouco pra apagar esse amor. A saudade é o bálsamo que o alimenta. Karlinda... Ah Karla, você é a que mais me machuca, mulher má, só foi escrever o seu nome, as lágrimas tentaram saltar dos meus olhos. Lembro-me do dia em que você me ligou (o dia que você estava na porta da igreja), no momento que meu telefone tocou, senti algo ruim, quando olho, “Karla Ligando”, ah meu Deus, que dor eu senti ao ouvir aqueles soluços. Lembro-me de largar tudo e correr ao seu encontro, como um pai desesperado que não consegue ver seu filho triste e deixa tudo pra ir ao encontro dele. Tanto do que sou hoje é graças a você minha madrinha. Esse laço, tenho certeza, não vai de desfazer jamais. Você, minha querida, fez e faz parte da minha história, não sei quem eu seria sem as suas palavras, sem nossas ideias contrárias, sábias e bobas, nossas conversas das madrugadas. Lembro-me do dia que ficamos vendo as estrelas, conversando (O Felipe não pode nem saber disso, rs), ah que saudade daquele tempo em que horas se passavam e a gente nem notava, dias que eu sinto vontade de sentir de novo.

Enfim meus três irmãos que Deus me permitiu escolher, acho que Deus ri muito de nós. Acho que ele pensa: Quão inocentes são essas quatro crianças, não descobriram ainda meus planos. “Ameis uns aos outros como eu os amei.” E aí será que estamos chegando lá??? Veremos... rs

Amo vocês!

Escrito em 05/01/2011, Postado em 12/01/2011.